Você conhece mapas mentais? Bom, neste artigo, vamos te ajudar a construir o seu próprio mapa mental, daremos dicas de como utilizar esses mapas, não só na sala de aula, mas também pro seu treinamento, pro seu estudo, etc.
Mas, o que é um mapa mental mesmo?
Mapa mental é uma espécie de diagrama criado por Tony Buzan, psicólogo inglês, e que é usado para gerir informações, estimular o foco, auxiliar na compreensão e na resolução de problemas, para facilitar a memorização etc. É um recurso que facilita a assimilação de assuntos relacionados à linguagem escrita, fazendo com que o aluno pense, de maneiras diferentes, como ele pode aprender um mesmo assunto.
O mapa começa por um tema central que vai evoluindo em ramificações ou subtemas e que possibilita organizar as informações de forma que conversem com nosso processo cognitivo. Afinal, não pensamos linearmente!
Além disso, o mapa mental mostra como cada pessoa vê o mundo, já que ela organiza as informações da maneira que ela enxerga aquele assunto.
E este é o diferencial de utilização do mapa mental: a forma como ele é organizado e sua identificação harmônica com nosso processo cognitivo nos ajuda nas sinapses neurais e, com isso, aprendemos e memorizamos muito mais facilmente. E conforme vamos listando as ideias ou atividades, novas sinapses são feitas e novas ideias vão surgindo.
Case de sucesso
Para entender um mapa mental, achamos que seria bacana trazer um case de sucesso. Neste caso, o mapa mental foi fator determinante para facilitar o aprendizado e a assimilação da disciplina. Este case foi aplicado pelo Allan Degásperi, professor universitário e um dos colaboradores do Projeto Multiplique.
O Allan é professor de vários cursos universitários como Administração, Economia, Relações Internacionais etc. Por isso, ele ministra várias disciplinas e uma delas é a Macroeconomia; um dos componentes desta matéria se chama Sistema Macroeconômico Brasileiro. Para apresentar este componente aos alunos, o Allan achou melhor utilizar um mapa mental ao invés de um fluxograma, por exemplo, pois a atuação dos agentes dentro do sistema econômico brasileiro fica muito mais fácil de ser compreendida através de um mapa mental.
Portanto, uma das atividades propostas pelo Allan é escolher um desses agentes econômicos brasileiros (Banco Central, bancos comerciais, UIF [antigo COIF], por exemplo) e montar o mapa determinando tudo que está envolvido nesses agentes: como eles agem e como interagem dentro do sistema entre si. O mapa é feito em grupo e os alunos são levados a fazer um processo de brainstorming, facilitando o aprendizado deles próprios. Ao final, os alunos apresentam como os mapas ficaram e o professor, após fazer os questionamentos necessários, faz um mapa final, juntando todos os mapas dos alunos em um só.
Este caso do professor Allan é um case real e que funcionou muito bem. Veja que você também pode usar os mapas para compilar as informações na leitura de um livro; para estudar para uma prova; com sua equipe de trabalho em um brainstorming para encontrar e mapear as soluções para um problema (tema central), etc.
Com base nesse modelo que citamos, você pode se inspirar e criar os seus próprios mapas!
Alguns softwares para fazer mapas mentais (mas dá pra fazer na mão também!)
Colocamos aqui uma pequena lista de softwares (alguns gratuitos, outros pagos) que você pode usar para criar seus mapas mentais tanto para Windows, MAC e Linux:
Mindmeister - é gratuito, mas a versão com mais recursos é paga;
Mind node - gratuito e prático de usar, porém só é compatível com MAC iOS e derivados;
Lucid Chart - é gratuito por tempo limitado, após um certo período, deve-se assinar um plano;
Canva - é gratuito e já tem vários modelos prontos. Porém, é possível editar vários itens dentro desses modelos;
GoConqr - é gratuito e limitado até 50mb de armazenamento; para se ter mais espaço, é preciso pagar.
Existem vários outros programas e aplicativos para criação de mapas mentais, estes são apenas alguns deles.
Como falamos, o mapa mental também pode ser feito na mão: você precisará de papel, canetas e lápis coloridos. Abuse da sua criatividade! E deixe livre seus insights!
Seja utilizando softwares ou fazendo à mão - no estilo facilitação gráfica -, a construção do seu mapa mental é a mesma. Vamos te dar algumas dicas para ajudá-lo a começar.
5 dicas básicas e (muito) úteis
Trazemos aqui 05 dicas bem básicas, mas muito úteis, para qualquer pessoa que queira aprender a construir o próprio mapa mental, seja para estudar, seja para aplicar em algum treinamento corporativo:
Defina um tema central. Com base nele, vá colocando outros elementos ligados a ele - o mapa facilita a visualização e memorização de maneira completa sobre o assunto;
Caso trabalhe com os softwares, inclua cores, setas ou ícones.
Se fizer na mão: lembra das canetinhas coloridas? Use todas. Post its, lápis de cor, enfim, tudo isso vale para deixar o seu mapa mais bacana e com o visual atrativo;
Use sempre palavras-chaves ou imagens-chaves para montar o seu mapa. Elas ajudam (e muito) na memorização;
Comece o mapa colocando as informações que você tem na sua cabeça. Depois vá para os livros, sites etc para complementar o restante. É uma maneira de mostrar como você enxerga o mundo.
Lembre-se: o mapa mental é feito para você associar informações! Estimule seu cérebro de forma diferente!
E não perca nosso próximo artigo, pois falaremos sobre outro recurso muito bacana e importante para os nossos alunos: canvas. Você sabe o que é?
Até a próxima!
Adriana Maria Cláudio
Atuando com learning experience design
Karina Melissa Cabral
Pedagoga, Designer educacional
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_mental
https://www.mapamental.org/mapas-mentais/7-aplicativos-para-criacao-de-mapa-mental/
https://novaescola.org.br/conteudo/17882/como-usar-mapas-mentais-para-melhorar-aprendizagem-na-escola