Ao falarmos de transformação digital relacionada à educação, pensamos, quase sempre, na sala de aula, novas metodologias, novas formas de ensinar.
Mas e os processos educacionais? Matrícula, rematrícula, processos seletivos... Estes procedimentos fazem parte da vida do estudante e não podem ser deixados em segundo plano. A busca pela transformação digital não pode estar restrita a apenas uma parte do ensino. A excelência deve percorrer a instituição de ensino como um todo.
Mas, para adentramos neste assunto precisamos, antes de tudo, entender o que é a transformação digital.
Uma definição que achei muito interessante, é a que é utilizada pelo site Resultados Digitais: “Transformação digital é um processo em que as empresas utilizam a tecnologia para melhorar seu desempenho, ampliar seu alcance e otimizar resultados.”
E assim as instituições de ensino devem proceder, entendendo seus processos e os transformando digitalmente, para otimiza-lo, tornando a vida acadêmica do aluno mais simples, ágil, trazendo um maior engajamento do mesmo.
O primeiro passo para a inserção desta transformação digital não é a implementação de tecnologias e sim a mudança cultura da instituição.
Muitas vezes um processo é realizado há muito tempo da mesma forma, com muitas operações manuais, muitas planilhas eletrônicas, sujeitos a erro, demorado e gerando insatisfação dos alunos e futuros alunos, impactando negativamente na captação e retenção de alunos. Mas, por estar enraizado na instituição, muitos colaboradores veem dificuldades na mudança. Por isto a necessidade da mudança de cultura.
O Manifesto Ágil pode auxiliar que as instituições adotem uma cultura ágil em contraponto com a cultura tradicional.
Este manifesto possui os seguintes pressupostos:
Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas;
Software em funcionamento mais que documentação abrangente;
Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos;
Responder a mudança mais que seguir um plano.
É preciso então uma mudança cultural para que os processos sejam melhorados.
As instituições de ensino não podem mais focar na sala de aula e deixar que seus processos internos continuem antiquados, não acompanhando as mudanças que o mundo sofre. As escolas, sejam de qual nível educacional for, precisam deixar de ser “organizações como máquinas” para se transformarem em “organizações como organismos vivos”.
O mundo passou de VUCA (Volatilidade – Incerteza – Complexidade – Ambiguidade) para BANI (Frágil – Ansioso – Não linear – Incompreensível). Estamos a caminho da 5ª Revolução Industrial onde a adoção do uso da Inteligência Artificial será em larga escala.
Os processos citados no início deste artigo são a porta de entrada de alunos em uma instituição. Não dar a devida atenção a eles é não entender o propósito de uma escola!
Referência bibliográfica:
Resultadosdigitais.com.br/blog/transfomacao-digital
Engenheira de Controle e Automação, Mestre em Engenharia Elétrica. Profissional com sólida experiência na Gestão Educacional. Certificada em Inovação e Transformação Digital. Consultora Educacional e Idealizadora do Educação Inovadora.
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