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Cursos livres ou trilhas de aprendizagem: o que é melhor para a universidade corporativa?

A empresa manifestou interesse em estabelecer uma universidade corporativa e quem fica à frente do projeto, na maioria das vezes vive o dilema de entender se vale a pena oferecer cursos livres ou trilhas de formação (trilhas de aprendizagem). Para ajudar neste processo, é importante questionar alguns itens, mas antes, vamos entender melhor a diferença entre cursos livres e trilhas de formação.



Cursos livres: São cursos pontuais de curta duração e que na maioria das vezes não dependem de níveis (básico, intermediário ou avançado) ou de uma continuidade obrigatória. Como o próprio nome diz, são de caráter livre e geralmente cumprem um objetivo de aprendizagem de atualização ou conhecimento complementar. Geralmente contemplam apenas um tipo de objeto de aprendizagem como principal (vídeo, por exemplo). Trilhas de formação: Para existir uma trilha, é preciso ter mais de um curso, pois as trilhas de aprendizagem ou de formação tem o caráter de prover um ensino mais continuado, com fases e considerando o desenvolvimento do conhecimento do aluno-colaborador. São conteúdos na maioria das vezes com planejamento de nivelamento e continuidade, e que utilizam de mais um tipo de objeto de aprendizagem para passar todo o conteúdo ao longo da trilha (e-books, vídeos, telas interativas, etc). Isto claro, acredito que você logo identificou alguns pontos que devem ser levados em consideração, mas vejamos os 3 mais críticos que não podem ficar de fora dessa análise:

1. Urgência da aprendizagem Se a empresa está com uma grande urgência de formar pessoas em determinado assunto, seja por regulamentações ou atualizações do mercado, a aplicação de cursos livres pode ser mais efetiva, tanto pela velocidade de produção quanto na de aprendizagem.

Agora, se a empresa tem certo tempo hábil para acompanhar este desenvolvimento dos colaboradores, e é uma estratégia a longo prazo, as trilhas de aprendizagem serão muito bem-vindas. Quando falamos de tempo hábil para produção de cursos, estamos falando de 4 a 6 meses no mínimo.

2. Orçamento da área e recursos à disposição Quanto há disponível no orçamento para cumprir com os objetivos de aprendizagem? Aliado à urgência, é preciso entender o que é possível fazer com os recursos disponíveis para buscar as melhores opções. Se a empresa está com um orçamento baixo e a necessidade educacional exige conhecimentos de mercado, habilidades ou competências mais genéricas, muitas empresas que vendem cursos livres, as chamadas “fábricas de conteúdo” possuem cursos prontos de baixo custo para “salvar” nessas situações. Os cursos podem estar 100% prontos ou permitir algumas customizações específicas de identidade visual para a empresa, mas o conteúdo bruto intelectual, ou seja, a informação do curso, não será exclusivamente da sua empresa.

Se a necessidade é um curso do produto, muito específico, solicite apoio dos times internos para criar pelo menos a parte teórica, roteiros de gravação e roteiros de atividades, e então busque uma empresa apenas para fazer a transposição, seja como curso livre ou trilha - a depender da análise. Agora, se a empresa possui um orçamento interessante, a urgência não é tão latente e pode ser interessante falar sobre novos tópicos relacionados ao tema médio ou longo prazo, invista nas trilha de aprendizagem com empresas que poderão atualizá-las com facilidade ou em ferramentas de autoria que possibilitem o desenvolvimento interno das formações. No caso de produção interna, é indispensável a contratação de um Designer Instrucional para acompanhar o planejamento dos materiais.


3. Necessidade de atualização Um dos maiores desafios das universidades corporativas é mantê-la atualizada e atrativa, pois isso impacta diretamente no engajamento dos colaboradores. Se um colaborador engajado faz todos os cursos e dali 6 meses não tem mais nada de novo, a tendência é que este volte cada vez menos.

Por isso, é preciso entender como será a atualização destes cursos. Se são informações que mudam sempre no mercado e sua desatualização pode significar um grande impacto para a empresa, é interessante ser em formato de curso livre para facilitar os ajustes. No caso das trilhas de aprendizagem, a atualização deve ser planejada com bastante antecedência para não ter um curso parte atualizado e parte antigo, seja por descontinuidade da atualização, demora ou muitos tipos de objetos de aprendizagem com tais informações. Se a empresa não pretende manter tudo atualizado com frequência, o cenário de menor impacto é de aplicação de cursos livres. Bom, estes são alguns dos itens que merecem maior atenção no momento dessa escolha. O recomendado, é tomar essa decisão em conjunto com todas as áreas que serão impactadas pela universidade corporativa, seja pela gestão ou divulgação, assim, todos estarão cientes dos esforços necessários em cada cenário. Há pontos positivos e negativos para cada cenário; veja o que melhor atende a sua empresa. Um abraço.



Consultora de Sucesso Educacional.

Experiência em planejamento e implementação de Universidade Corporativa online, planejamento e gestão de produção de materiais para IE e estratégias de captação de alunos.



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