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Tabu - Ideologia de gênero na educação infantil.


Assim que decidi escrever sobre o tema “ideologia de gênero na educação infantil”, por se tratar de um tema polêmico, já sabia que a melhor forma para não cometer nenhuma gafe seria estudar e pesquisar muito sobre o assunto. De antemão, já digo que esse tema traz discussões intermináveis, uma vez que a ciência ainda não possui estudos conclusivos, por se tratar de algo tão recente, e a religião faz afirmações veementes quanto aos postulados divinos acerca do assunto, sem contar as inúmeras opiniões baseadas em questões socioculturais.

Imagem Freepik

A quantidade de informações existentes sobre o assunto é absurda, no entanto ao passo que fui pesquisando, percebi que a maioria do “falatório” não dá nenhum tipo de argumento embasado, além das diversas mil históricas polêmicas que servem de chamariz para a mídia. Desde “homem quem mudou de gênero para aposentar mais cedo” à “pais que abandonam filho que deseja trocar de sexo”. Sem nem falar das coletâneas monstruosas de fake news.

Definir o que é a ideologia de gênero se tornou algo complicado, uma vez que a quantidade de nomenclaturas existentes é tão grande, que não se pode mais diferenciar o gênero simplesmente entre “meninos” e “meninas”. Provavelmente as novas gerações saibam dizer com facilidade a lista completa, mas esperar que os adultos da geração anterior tenha isso determinado é muito complicado.

O fato é, que existem muitos números e casos de crianças e adolescentes que assumem de forma categórica não se sentirem confortáveis com o gênero que vieram ao mundo, muitos afirmam que não se sentem no corpo correto e ao que parece padecem de um sofrimento e aceitação de si mesmo, absurdos!

Um dado interessante emitido pela “National Health Service” na Inglaterra, aponta que ao longo de 5 anos, os casos de “disforia de gênero”, cresceram cerca de 1000%. De acordo com o jornal “The Sun” pacientes transgêneros da clínica “Tavistock and Portman” em Londres, iniciam tratamentos hormonais antes mesmo dos 18 anos de idade.

Mas, a polêmica aqui no post não está relacionada exatamente as estruturas psicosociais da mudança de sexo, mas em como informar à alunos da educação infantil essa realidade de gênero, que inclui mudanças que não acompanham a formação biológica. Como explicar para crianças que o corpo nem sempre acompanha o sentido, principalmente quando há tantas controvérsias informacionais?

Algumas escolas estão utilizam metodologias lúdicas de teatro e gibis, para tratar do tema, algumas outras estabelecem debates em sala de aula, e muitos outros pais estão contra esse ensino nas escolas.

Porém, no meu ponto de vista, muito mais do que trabalhar a questão da existência dos gêneros, deve-se tratar a questão do preconceito e aceitação do outro como forma comum à coletividade social. A escola deve ser um espaço aberto à reflexão, e de acordo com seu papel social, deve incluir a comunidade nesta discussão. E que se discuta a aceitação do outro como deseja ser, e não se as ideologias são corretas ou não. É preciso contribuir para se levantem questões e se pensem em ações escolares que propiciem a diversidade e desse modo combata a discriminação e o preconceito.

Talvez, os debates escolares estejam “batendo” do lado errado, e o correto não seria questionar a escolha, mas sim ensinar a aceitá-la. Se, a disforia de gênero é correta ou não, se biologicamente somos o que devemos ser, e nisso cabe dizer que os sentidos também fazem parte de nossa estrutura biológica, ou, se até mesmo toda essa mudança nada é pura teoria Darwinista, talvez não possamos descobrir agora, no entanto, reparar o mal da falta de aceitação e tolerância, são problemas que todos concordamos, estão acabando com o mundo de forma severa. Portanto, ensine para as crianças a importância em aceitar o outro, da forma como ele escolher ser, e assim, “Marias” e “Joãos” irão se sentir aceitos e em paz.

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