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Fake news, como transformar o vilão em mocinho?


Em uma era cada vez mais tecnológica, o termo “fake News” (notícias falsas, em inglês) tem estado cada vez mais presente na vida de todas as pessoas. Mas uma coisa precisamos pensar. Como essas notícias podem interferir nos resultados em sala de aula?

A ampliação do acesso às várias tecnologias hoje é uma realidade vista em qualquer meio que se atue. É mais do que comum você se deparar com crianças de várias idades utilizando celulares, tablets, rede sociais e outros modelos de equipamentos que se utilizam de informações prontas e de fácil acesso.

Mas, até que ponto isso é bom? Em que momento precisamos analisar se essa relação é saudável ou não? Quando buscar um equilíbrio na procura incansável de horas e horas presas atrás dessas telas tão atrativas e que muitas vezes não acrescentam nenhum tipo de conteúdo saudável?

O grande problema da disseminação de informações, é que nem sempre a criança tem a maturidade de pesquisar se aquilo é uma informação verídica ou se trata de uma fake News. Além disso, e na minha humilde opinião, o maior dos problemas é que os nossos pequenos não estão desenvolvendo uma visão crítica das pessoas no meio digital.

Pesquisas mostram que boa parte dos compartilhamentos das notícias falsas são feitas pelos chamados bots – contas automatizadas que são criadas para replicarem as mensagens das redes sociais, buscando um debate público -. O grande problema é o seguinte: já foi provado por pesquisas que a maior parte da distribuição de conteúdo inverídico é feito pela ação humana, que inclusive, se espalham mais rápido do que as notícias verdadeiras.

Até aí tudo bem, mas agora vem o ponto importante. Como abordar isso tudo em sala de aula, tentando formar o aluno como um cidadão digital completo? A diretora da Agência Lupa, agência de checagem de fatos disse: “Assim como questões de cidadania off-line, como não jogar lixo na rua, o jovem precisa entender os limites da cidadania on-line, sair do colégio com essa noção”.

O professor pode se tornar um importante condutor em todo esse processo. Trabalhar esse conteúdo de forma multidisciplinar e introduzi-lo em outras matérias.

Informar aos alunos as formas de investigarem se aquela notícia é falsa ou não. Muitas vezes a notícia nem é falsa, ela apenas é antiga ou está descontextualizada. Sugerir que ao lerem, se atentem à sua data de publicação, procurar sites que sejam de mais renome para conferirem o autor, a informação, os envolvidos... enfim... ir além daquela manchete.

Além disso, é necessário que os educadores conversem com os pais sobre o momento certo para a utilização das tecnologias. Tudo precisa ser pensado e repensado. Hoje em dia é comum que os pais utilizem a tecnologia para distrair as crianças em determinados momentos, utilizando jogos e redes sociais, mas, sabemos que isso também pode ser um grande erro.

É preciso primeiramente que se entenda o que as nossas crianças estão fazendo com o uso dessa tecnologia, compreender toda essa necessidade de interação e posteriormente utilizar isso como mediações educativas de qualidade.

Além do mais, é necessário que a escola ofereça uma formação mais ampla sobre o assunto. O aluno precisa desenvolver uma posição crítica frente as notícias que lê na internet. Sabemos que a principal característica das fake News é o sensacionalismo e as manchetes alarmistas, que apelam para o lado emocional e despertam ainda mais a curiosidade dos leitores.

Pedro Oliveira Simões, professor de língua portuguesa e pesquisador sobre mídia e educação afirma que: “Talvez não só os professores devam ensinar a pesquisar informações em sites confiáveis, realizar curadoria de fontes, mas também as escolas, como um todo, devam tomar a responsabilidade de promover debate sobre o tema no conjunto da comunidade escolar e para além dela, atuando de forma participativa na identificação, no combate e na denúncia das notícias falsas”, sugere.

Acredito que a palavra correta a ser utilizada aqui é EQUILÍBRIO. Pronto!! Se soubermos equilibrar o tempo de tudo, sem sombra de dúvidas formaremos indivíduos nos quesitos culturais, midiáticos e tecnológicos, oferecendo para a sociedade cidadãos mais preparados para os desafios que encontrarão em suas vidas.

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