Chegaram para revolucionar o sistema educativo ou são apenas termos que estão na moda?
Quase tudo, ou praticamente tudo, que fazemos hoje em dia se transforma em dados numéricos!
A cada minuto você gera milhares de dados com os seus dispositivos móveis.
De acordo ao informe apresentado por Statista Digital Economy Compass, a cada minuto do ano de 2019 produziram-se 3,8 milhões de pesquisas no Google; 4,5 milhões de vídeos reproduzidos no Youtube; 41,6 milhões de mensagens enviados por Whatsapp e Messenger e mais de 390 mil aplicativos baixados de Google Play e Apple Store. “Uma mudança quantitativa a esta escala é de fato uma mudança qualitativa, a qual requer novas maneiras de pensar sobre os fenômenos sociais”. S.Buckinham -Shum, 2012
E de que maneira o universo educativo se beneficia com esses dados?
Imagine, você como formador, saber quando seu aluno está acessando aos seus cursos online, quanto tempo demoram em cada lição, quantas vezes eles regressaram a uma determinada lição ou módulo. O Big Data pode lhe ajudar a monitorar o que está acontecendo para que você possa entender as diferentes etapas do processo de aprendizagem de cada estudante, pondo em evidência as ações que estão funcionando bem e lhe alertando nas quais precisa melhorar. Potencializando o desenvolvimento do aluno.
Então, afinal, o que é Big Data, Educational Data Mining, Learning Analytics? E qual a relação que existe entre esses termos?
Em um ambiente educacional, a implementação de ferramentas tecnológicas para a coleta e curadoria de dados massivos faz menção ao Big Data, na sua vez o uso desses dados possibilita a pesquisa de patrões, ou seja, Educational Data Mining, que além da coleta, serve para a análise e interpretação por meio de técnicas pedagógicas que tem como objetivo final melhorar as práticas de aprendizagem, melhorar a eficiência dos formadores e aprendizes e claro que também do modelo educacional, a esse processo chamamos Learning Analytics.
A educação que se adapta às necessidades de cada um dos seus alunos é a melhor maneira de aprender e ensinar. Pense na possibilidade de que as instituições educativas possam acompanhar a cada um dos seus alunos e que possam saber exatamente o que eles escrevem nos seus computadores, para assim poder analisar a aprendizagem e oferecer uma tutoria personalizada.
“Com a implementação do Learning Analytics, a Universidade Estadual do Arizona nos Estados Unidos pode incrementar em um 13% o índice de sucesso e reduziu em um 54% a taxa de abandono dos seus cursos online” (Fonte: Euronews).
Fica claro que a finalidade do uso do Big Data, Educational Data Mining e Learning Analytics, é para fornecer um aprendizado personalizado, mas… de que maneira?
Usando trilhas de aprendizagem personalizadas e guiando os aprendizes, essa é uma forma de aumentar a motivação dos seus alunos em aprender.
Prevendo comportamentos de alunos, como o abandono de cursos ou dúvidas em um determinado tema ou módulo.
Adaptando o conteúdo do curso com a realidade do aprendiz.
Identificando o motivo real da necessidade de aprendizagem.
Conhecendo a interação aluno – AVA e AVA-aluno.
Tendo as métricas precisas, como por exemplo, o tempo de visita à plataforma, número de downloads, reprodução de arquivos multimídias, etc.
Avaliando e melhorando continuamente.
Feedback oportuno e pontual, melhorando a qualidade de comunicação entre os alunos e alunos-tutores.
Outro benefício, é que você, como professor, pode adaptar a metodologia de aprendizagem em função da necessidade de cada um dos seus alunos, pois consegue orientar onde o aluno precisa estudar e se dedicar mais. Além de ter uma reflexão mais assertiva sobre o desenvolvimento do aluno no curso, aperfeiçoando sua prática docente.
Porém, a utilização desses dados pessoais relacionados à privacidade poderia ser prejudicial, e o Big Data poderia prejudicar o ensino ao invés de melhorar. Visando o lado positivo, é necessário no momento do manuseio e divulgação desses dados pensar em estratégias que respeitem a individualidade de cada aluno de uma forma ética.
Os dados chegaram não só para ficar, mas também para crescer, e crescer de maneira exponencial. Deixaram de estar armazenados, de permanecer em um estado estacionário e passaram a ser parte de um processo dinâmico, revolucionário que provoca mudanças.
Estamos em uma Era de Mudanças e no nosso papel como formadores é expandi-la! Temos que entender, apoiar, incentivar e realmente usar, para que a Tecnologia seja nossa aliada no nosso dia a dia nas salas de aulas. A Educação não pode ficar longe da realidade em que estamos inseridos.
Carlos Tralback Belei
Profissão: Administrador de empresas
Cargo: Talent Content Developer
Quezia Leite
Profissão: Professora Particular de Inglês Online e Hoteleira.
Formação: Letras na PUC Campinas
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