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Como o Design Thinking pode ajudar a criar soluções em T&D

Precisamos ser realistas! Colocar colaboradores dentro da sala de aula com aquele

modelo tradicional de ensino já não funciona mais. A necessidade de aprendizado

de cada indivíduo é diferente e evolui tão rapidamente como as tecnologias que

estão à disposição para tornar este aprendizado mais fácil.


Uma das tendências dentro da área de Recursos Humanos é valorizar a experiência

do colaborador, pois de acordo com seu índice de engajamento ele tende a oferecer

mais atenção e cuidado ao cliente (ou aos produtos e serviços que proporciona aos

clientes). Para que isto seja possível, vários quesitos são levados em consideração

como, por exemplo, a satisfação e a realização profissional que por sua vez estão

diretamente ligadas ao desempenho nas atividades desenvolvidas e que pode ser

mensurado e desenvolvido através de treinamentos específicos.



O Design Thinking como modelo de pensamento e ferramenta de apoio para ações

criativas pode ser alternativa para gerar um novo ambiente de ensino

organizacional. Para tornar o aprendizado efetivo é necessário redesenhar a

maneira como o conhecimento é passado às equipes. Como um artesão que cria

uma peça exclusiva, o trabalho para a elaboração de um treinamento adaptado a

necessidade dos aprendizes requer diversas etapas e que tem por objetivo

apresentar resultados em curto prazo.


É provável que várias organizações já façam isto de maneira não intencional,

buscando opções diferenciadas para gerar impacto positivo para os novos

conhecimentos ou soluções para minimizar problemas complexos. Por meio da

comunicação interna e troca de conhecimentos dentro do ambiente de trabalho é

possível aproveitar talentos e expertises para gerar soluções.


Centrado no indivíduo, o estabelecimento de conteúdos e metodologia de ensino

devem estar conectados com a maneira como o colaborador será afetado

positivamente pelo que irá aprender. Isto se dá pelo entendimento das

necessidades e motivações de cada colaborador, justamente porque o Design

Thinking proporciona um olhar mais preciso da real necessidade organizacional.

Ao considerar múltiplas perspectivas é possível reforçar a criatividade e encontrar

as melhores soluções para os desafios vivenciados no dia a dia da atividade laboral,

passando pelas fases do processo:


· Empatia: ter a visão de mundo do treinando e observar na prática ou por

outros meios quais as competências que devem ser desenvolvidas. Esta etapa

gera os insights e insumos para criação de uma proposta de valor para os

treinamentos.


· Definição de problemas: encontrar e escolher quais os pontos que devem ser

privilegiados, diante das opções levantadas.

· Idealização: propor soluções para o problema elencado.

· Protótipo: criar o treinamento, transformando a solução em realidade.

· Teste: após a aplicação do treinamento é necessário avaliar todos os pontos

– conteúdo, atividades aplicadas, requerer feedback dos participantes e gerar

novos insights.


A estrutura do processo gera diferentes benefícios como, por exemplo, a

colaboração e multidisciplinariedade de pensamento e maneira de ver as situações,

o pensamento crítico, resolução de problemas além de dar um norte para o que

deve ser feito. Vale lembrar que este processo está em constante aperfeiçoamento,

portanto não há uma exigência de que o modelo esteja perfeito. A busca pela

perfeição pode ser um limitador e dificultar o arriscar-se e a criação de matrizes

mais arrojadas.


A área de Recursos Humanos contribui para este processo compreendendo,

entendendo e se aprofundando na conjuntura das equipes e das tarefas realizadas

por cada colaborador. Ao dar a oportunidade para que aquele que está em sala de

aula compartilhe com liberdade suas dificuldades e desafios, mais ideias surgem e

podem ser aproveitada.


Partindo para a prática, o Design Thinking pode ser aplicado de diversas formas

dentro das empresas para melhorar o desenvolvimento de pessoas. Uma

possibilidade é lançar uma jornada da inovação, projeto que ajuda a entender o

negócio como um todo, suas equipes e suas estruturas.


Através de ações bem traçadas, que podem e deve ser potencializada com a ajuda

da tecnologia, uma série de mudanças que promovam a boa gestão de pessoas

podem ser implantadas. Com uma automação de processos, por exemplo, é

possível dar mais tempo e motivação ao colaborador. O que impulsiona o seu

desenvolvimento e o seu rendimento para o negócio.


Os ganhos de uma boa aplicação do Design Thinking dentro das organizações são

muitos. Depois de implantada a metodologia, há, por exemplo, otimização dos

processos internos e aumento da produtividade das equipes; maior empatia da

gestão para com os demais; e, consequentemente, uma melhora na qualidade dos

produtos e serviços oferecidos, além do desenvolvimento do ambiente de trabalho.

Todos ganham – colaboradores, empresa e principalmente o cliente!



Ana Bassler

Gestora de Desenvolvimento Humano e Organizacional

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