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Para que serve a internet das coisas?

Muito tem se falado da Industria ou Revolução 4.0 e das tecnologias desenvolvidas por esta revolução. Vamos começar nossa conversa definindo este termo. Para isto, vamos voltar um pouco no tempo.


A primeira revolução industrial tem como destaque as mudanças nos processos de produção. O trabalho artesanal, realizado por operários em suas residências, foi modificado para o trabalho assalariado, realizado em fábricas através de máquinas. A máquina a vapor foi a grande invenção desta era.



A segunda revolução industrial é mercada pelo aprimoramento do processo de produção, iniciado na primeira revolução. O aço, a eletricidade e o petróleo representam bem esta fase. Diversas indústrias surgem, entre elas as indústrias elétricas e química.


Já a terceira revolução industrial inicia após a Segunda Guerra Mundial. É caracterizada pela revolução técnico-científico-informacional. Há um grande crescimento da robótica, genética, informática, telecomunicações e eletrônica. Foi nesta fase que as pessoas passaram a se conectar de maneira instantânea, gerando a Globalização.


Chegamos então na quarta revolução industrial. Esta é uma era que traz um impacto mais profundo e exponencial, caracterizando por um conjunto de tecnologias que fundem o mundo físico, digital e biológico. Estas tecnologias são: Internet das Coisas (IoT), Big Data, Manufatura Aditiva, Inteligência Artificial, Biologia Sintética, Sistemas Cyber-Físicos.


Nosso foco, neste artigo, será na Internet das Coisas (IoT). IoT é a possibilidade de objetos físicos se conectarem à internet, podendo executar de forma coordenada uma ação. Muitos pensam que esta tecnologia não está presente em nosso dia-a-dia, mas estão enganados. A Internet das Coisas está presente na organização do trânsito, na maior agilidade de tratamentos médicos, na preservação do meio ambiente. Abaixo apresento alguns casos práticos de aplicação da IoT.


1 – Iluminação pública: Em Barcelona os postes são dotados de sensores de presença, usados como roteadores para conexão Wi-Fi, o que gera uma grande economia de energia.


2 – Limpeza do ar e da água: Em Londres, moradores contribuem para análise do ar. Nesta cidade, 9 mil pessoas morrem, por ano, em função de problemas respiratórios. Uma empresa de tecnologia distribuiu aos moradores pequenos aparelhos que medem a poluição do ar e que são plugados em carros e bicicletas. Os sensores transmitem as informações para um aplicativo na empresa, permitindo assim saber como está a qualidade do ar.


3 – Agricultura: Na Califórnia os agricultores utilizam drones para realização de imagens aéreas e sensores de qualidade do solo auxiliando assim os produtores a identificarem os melhores locais para os plantios.


4 – Medicina: Vários países já utilizam dispositivos acoplados nas vestimentas, que medem batimentos cardíacos, pulso e pressão sanguínea. Esta vestimenta é utilizada tanto nos hospitais como na própria casa do paciente.


5 – Trânsito: Muitos de nós utiliza a IoT todos os dias, sem saber. O aplicativo Waze é um exemplo do uso da internet das coisas. Podemos programar a hora de chegar em determinado lugar, no aplicativo. Caso haja algum acidente, o aplicativo recebe esta informação e automaticamente reprograma a hora de sair de casa.


6 – Transporte público: Em algumas cidades brasileiras já é possível encontrar, nos pontos de ônibus, letreiros informando qual horário o ônibus passará ali. Caso haja alteração no trânsito, o letreiro mostrará esta alteração. Isto facilita em muito a vida do usuário do transporte público.


Como podemos observar, a Internet das Coisas não está distante de nós, muito pelo contrário, está muito frequente em nosso dia-a-dia. A IoT está incorporada aos objetos e captura nossos dados enquanto usamos tais objetos ou quando frequentamos certos lugares. O monitoramento hoje pode ser bem amplo e se usado da forma correta só tem a contribuir em todos os aspectos de nossa vida.



Juliana Guedes Arvelos Barbosa.

Engenheira, gestora e consultora educacional.



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